Antes de mais nada, além de inspiração, José Pacheco participou da construção do novo tema de investigação do Macu, em live realizada no dia 09 de agosto. Contudo, falando diretamente ao corpo docente, direção e coordenação da escola, Pacheco apresentou suas ideias para o enunciado que orientará os processos artístico-pedagógicos deste semestre.

Ainda mais, a grande inquietação de José Pacheco é sobre como viabilizar uma aprendizagem significativa e que permita ao estudante ser aquilo que deseja. Para isso, ele acredita ser necessário transformar todo o sistema educacional: salas de aula, séries e a centralidade do professor.

Transformação do sistema educacional: A visão de Pacheco

Em primeiro lugar, o mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Porto e fundador da Escola da Ponte (Portugal), José Pacheco, é referência mundial em Educação. Então, trabalhando pelo desenvolvimento de um saber transformador e democrático, Pacheco é autor de inúmeros livros e artigos, além de propositor de muitos projetos educacionais com esse fim.

Contudo, em 2005, José Pacheco passou a residir no Brasil e, desde então, viaja pelo país mobilizando educadores que acreditam em uma nova Educação. Ainda mais, essas viagens também permitiram a ele observar outras formas de organização social e repensar certo modo de se entender a Educação.

A experiência de José Pacheco no Brasil

Além disso, no Brasil, Pacheco passou um tempo com os povos Tupinambá, Pataxó e Xavante, bem como em quilombos, como o Kalunga, em Goiás. Em outras palavras, percebeu que, apesar de enfrentarem diversos desafios socioeconômicos, suas formas de organização e colaboração podem oferecer lições valiosas para a Educação.

No entanto, das observações dessas comunidades, Pacheco destaca o aprendizado da autonomia enquanto um conceito relacional e não individual. Bem como, na Escola da Ponte, Pacheco comenta que o aluno sempre foi considerado o sujeito da aprendizagem, ou seja, o centro. Mas, depois de sua experiência no Brasil, ele percebeu que a autonomia deve ser baseada na coletividade.

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Coletivos autônomos e aprendizagem comunitária

Conforme em suas vivências nas comunidades indígenas, Pacheco constatou que elas frequentemente operam com base em princípios de coletividade, respeito mútuo e harmonia com a natureza. E, que a ideia de relação sustenta a vida nesses contextos, bem como a noção de vínculo cria a autonomia com o outro.

Segundo, do que Pacheco chamou de “Coletivos Autônomos nas Comunidades Indígenas”, ele extraiu certos aspectos-chave para o trabalho em Educação. Em contrapartida, alguns deles são: Tomada de Decisão Coletiva; Aprendizagem Comunitária; Autonomia com Responsabilidade.

O novo tema do Macu: Criatividade e autonomia coletiva

Assim, esses foram assuntos tratados por José Pacheco em sua fala dirigida à equipe do Macu. Tal qual, estiveram em relação direta com o tema de investigação deste semestre na escola: “A criatividade como caminho de desenvolvimento da sensibilidade para a autonomia coletiva”.

Por isso, a contribuição de Pacheco foi decisiva para a construção do tema e do projeto que o fundamenta.  Desse modo, também suas obras, entre elas “Dicionário de valores” (SM, 2012), têm sido fundamentais para os debates em torno do enunciado em questão.

Agora, cada educador ou educadora colocará em prática essas ideias com suas turmas! E, em breve, contaremos mais sobre as ações realizadas! Então, não deixe de acompanhar nossas postagens! 

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