Antes de mais nada, a retomada dos encontros online do Café Teatral Macu foi em grande estilo e contou com a participação da ex-aluna Letícia Bassit. Durante a pandemia, o Macu transferiu todas as suas atividades (aulas, reuniões, palestras) para o universo virtual. E com o sucesso de elaboração de um plano específico para esse novo formato, a escola manteve uma vertente remota, mesmo depois da volta ao presencial.

Formação híbrida do Macu

Hoje, o Macu oferece a oportunidade de formação presencial como também à distância, atraindo interesse de estudantes residentes em diferentes regiões do país ou até mesmo no exterior que se mostram cada dia maiores. Por isso, para atender a esse público diversificado, algumas ações artístico-pedagógicas são planejadas, como o recente encontro do Café Teatral com Letícia Bassit.

Letícia Bassit

Letícia Bassit, ex-aluna do Macu, é uma artista interdisciplinar renomada como atriz-performer, escritora-dramaturga, diretora e arte-educadora. Sobretudo, uma artista que joga com os limites do real, da teatralidade, do performativo, da ficção, da ilusão, da verdade. Além disso, formada pela EAD e pela primeira turma da SP Escola de Teatro, Letícia é atualmente mestranda do PPGAC da ECA/USP.

Ainda mais, autora do livro “Mãe ou Eu Também Não Gozei”, publicado em julho de 2019 pela editora Patuá e lançado na FLIP/FLIPEI. O livro transita entre a poesia e a prosa poética, entre o fluxo de consciência e os diálogos, revelando a espera de uma criança por uma mãe solo. Com uma narrativa fragmentada e não linear, ele apresenta o percurso de uma gravidez não planejada com quatro possibilidades de paternidade.

“Mãe ou Eu também não gozei” de Letícia Bassit

Paralelamente à escrita do livro, Letícia Bassit criou a peça-performativa “Mãe ou Eu Também Não Gozei”, que deu origem a um documentário de mesmo nome. Logo, esta performance já foi apresentada em diversos espaços culturais, como Sesc Pompéia e Teatro de Container

Por outro lado, a peça-performativa “Mãe ou Eu Também Não Gozeié sobre a mulher ou todas as mulheres que esperam seu filho nascer, ou está no puerpério, ou cria seu filho sozinha. Enquanto navega pela experiência de gestar, parir, criar e sobreviver, a mãe vive a solidão, o amor e o medo.

O encontro do Café Teatral

Nesse sentido, no encontro do Café Teatral, Letícia Bassit levantou a questão: “Que corpo é esse que inventa a própria existência?” Segundo Bassit, inventar (reinventar) é  uma tática de sobrevivência e uma estratégia que dá sentido às vidas.

Ao mesmo tempo, Letícia Bassit também falou de sua pesquisa e da criação da imagem conceito do que seria o corpo-buraco ou a construção dele. Em outras palavras, seu trabalho e em suas reflexões, a gravidez é desmembrada e subtraída de sua aura de idealização.

Definitivamente, um relato pungente, que emocionou toda a audiência online do Café Teatral. Ainda mais, para além da emoção, o bate-papo revelou a empatia para com a trajetória pessoal e artística de Letícia Bassit. Sem dúvida, uma ocasião de grande aprendizagem e de partilha de uma sensibilizadora experiência! 

Impacto e legado do encontro com Letícia Bassit

O encontro com Letícia Bassit no Café Teatral foi uma ocasião memorável, marcada por uma grande aprendizagem e partilha de experiências sensibilizadoras. A trajetória artística de Letícia e suas reflexões continuam a inspirar e mobilizar mudanças no cenário artístico e cultural.

Vida longa ao Café Teatral do Macu e à inspiradora Letícia Bassit!

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