Em primeiro lugar, a abertura de processos é um conceito fundamental no desenvolvimento de projetos criativos, especialmente no teatro. Este artigo explora a importância dessa prática, utilizando como exemplo a experiência do coletivo PA5 durante sua investigação da peça “Marcha para Zenturo”, da dramaturga Grace Passô. Veremos como a abertura de processos pode contribuir para a evolução artística e a interação com o público.

A Importância da abertura de processos no processo criativo

A princípio, muito se fala sobre a necessária imersão para que o processo criativo se estabeleça. No qual, imaginamos um artista solitário, isolado do mundo, ou um grupo teatral totalmente focado em sua criação.

No caso do teatro, pensamos em um grupo de pessoas completamente absorvido e recolhido em suas vivências ou em sua própria experiência de criação. Apesar disso, isso de fato é verdadeiro e muito importante em certo momento do processo, principalmente no início.

Porém, também é extremamente significativo reconhecer a hora apropriada de convidar outras pessoas a dele participarem como espectadores, provocadores, colaboradores para ajuda a testar e refinar a comunicação da obra.  E esse é o momento da abertura de diálogos ou de se “abrir” o processo.

Abertura de processos: Um momento crucial para o coletivo teatral

Em abril, a turma de PA5 da Unidade Marechal, período noturno, realizou sua abertura de processos. Conduzido pelo diretor-pedagogo André Haidamus, o grupo, que está no último semestre, mergulhou na peça “Marcha para Zenturo”. A obra retrata o reencontro de amigos em uma festa de Ano Novo, evocando reflexões sobre o tempo e as transformações pessoais.

Exemplo de abertura de processos: Coletivo PA5 e “Marcha para Zenturo”

Nesse sentido, durante a abertura de processos, foram apresentados estudos de cena e vivências baseadas nas experiências dos atores e atrizes. Seguiu-se um bate-papo com o público, permitindo ao grupo testar o impacto de sua criação. Esse momento de interação é vital para ajustar e aperfeiçoar a comunicação artística.

Enriquecendo a pesquisa: A abertura de processos com Luiz Fernando Marques Lubi

Além disso, para enriquecer ainda mais o processo, o evento contou com a participação de Luiz Fernando Marques Lubi, do Grupo XIX. Como “Marcha para Zenturo” é uma co-criação do Grupo XIX de Teatro (SP) e do grupo espanca (MG).

Lubi trouxe insights valiosos sobre a dramaturgia e a encenação da peça. Sua contribuição foi fundamental para o desenvolvimento do coletivo e para o público presente.

Expandindo a rede

Agora, motivada pelo diálogo aberto em abril, a turma organizou uma festa em junho para aprofundar e ampliar a rede iniciada na abertura de processos. O evento, uma festa à fantasia com o tema Futuro, proporcionou aos participantes uma experiência coletiva alinhada com as circunstâncias da obra. A celebração misturou arte e vida, oferecendo uma oportunidade de alegria e aprendizado.

Celebrando a Arte e a Vida

Por fim, o público ou os convidados da festa são preferencialmente os estudantes do Macu. A abertura de processos revela um caminho concreto para o diálogo durante a construção de um processo criativo.

Em outras palavras, é um momento de compartilhar, testar e aprimorar a comunicação artística, enriquecendo tanto os criadores quanto o público. Assim, o ciclo de criação se completa, celebrando a arte e a vida em uma experiência única e transformadora.

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