Chegamos à 24ª edição do “Caderno de Registro Macu”! Uma publicação semestral do Macunaíma, seu nome tem origem na proposta pedagógica da escola e no hábito da documentação reflexiva dos processos de ensino-aprendizagem.
Desde 2012, a publicação tem abordado as mais recentes descobertas sobre o Sistema de Stanislávski, bem como documentado a pesquisa realizada na escola. Além disso, o “Caderno de Registro Macu” também procura trazer assuntos de interesse geral relacionados à arte do teatro e à pedagogia teatral.
A 24ª edição apresenta um especial pra lá de especial: Stanislávski e o Yoga! A seção foi motivada pela vinda de Serguei Tcherkásski ao Brasil, a convite do Teatro Escola Macunaíma. E abre com uma fala inédita de Tcherkásski, feita durante o encontro do Café Teatral Macu, realizado no dia 23 de agosto de 2023.
O Especial Stanislávski e o Yoga também traz a prática proposta por Serguei Tcherkásski nas oficinas por ele conduzidas durante sua visita ao Brasil. O professor doutor Paco Abreu registrou as dinâmicas trabalhadas por Tcherkásski e enfatizou, na publicação, o trabalho do ator/atriz sobre si mesmo(a).
Oferecendo a ampliação do repertório de procedimentos de diretores-pedagogos e diretoras-pedagogas, esse é um riquíssimo material para os formadores de atores e atrizes. E se completa com um artigo de Maria R. R. Furlanetti, professora assistente do Departamento de Educação da UNESP. Aliando teoria e prática, o texto reflete sobre as experiências de Furlanetti em diálogo com as ideias do autor de “Stanislávski e o Yoga”, Serguei Tcherkásski.
Esse número do “Caderno de Registro Macu” ainda aborda o tema que insipru artística e pedagogicamente os processos do 2º semestre de 2023. A escolha de o Rito e o Sagrado foi uma homanagem do Macu a José Celso Martinez Corrêa, que entendia o fazer teatral como um cerimonial coletivo.
Para tanto, a seção publica trechos de artigos de Zé Celso sobre a montagem de “Os Pequenos Burgueses”, de Máximo Gorki, realizada pelo Teatro Oficina em 1963. Os trechos evidenciam um trabalho construído com base no Sistema de Konstantin Stanislávski, deixando ver o olhar singular de Zé Celso para o fazer teatral.
Nessa mesma seção, o artigo de Luciano Mendes de Jesus, doutor em Artes Cênicas e mestre em Música pela ECA-USP, contribui com uma noção contracolonial do sagrado. Assim, sua escrita expõe o sentido de ritual sob certos princípios dos saberes-fazeres negro-africanos e diaspóricos.
Em processo revela a trajetória de alunos/alunas e da diretora-pedagoga Renata Hallada, por meio do relato do desenvolvimento da peça Romeu e Julieta e Outras Vozes. O processo artístico-pedagógico, traçado dialogicamente junto à turma de PAMix, teve como fio condutor o tema O Rito e o Sagrado.
Já a seção Café Teatral apresenta o Projeto Povo Parrir. Priscila Jácomo, que participou de um dos encontros do Café Teatral Macu, conta sobre os hoxwa, “palhaços sagrados” do Povo Krahô, e sua parceria com outros “fazedores do riso”.
Por fim, Minha vida na arte também presta sua homenagem a Idibal de Almeida Pivetta ou César Vieira. Este que foi diretor de um dos mais antigos grupos da América latina, o Teatro União e Olho Vivo. Para tanto, Adailtom Alves Teixeira, professor do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Rondônia, fala sobre “o homem comprometido com sua gente e seu tempo histórico”.
Como acessar o “Caderno de Registro Macu”: Disponível para download gratuito
Todas as edições do “Caderno de Registro Macu” estão disponíveis no site da escola e podem ser baixadas gratuitamente. Acesse: www.macunaima.com.br/#publicacoes-cientificas e faça o download. Não deixe de conferir! E boa leitura!